segunda-feira, 31 de março de 2008

Ato marca aniversário do PCdoB em Montes Claros


Na última terça-feira (25), o Partido Comunista do Brasil comemorou mais um aniversário. São 86 anos de luta pelas causas sociais e trabalhistas, dentre tantas outras bandeiras que o PCdoB ergue ao longo de sua jornada. Nos dias de hoje, o PCdoB vive uma ótima fase, agregando mais militantes e adeptos da ideologia do Partido, tendo por objetivo estratégico a construção do socialismo. O Partido esforça-se para uma participação mais ousada no cenário político local e nacional.
Marcando o aniversário do Partido e apresentando a tática eleitoral para este ano, dezenas de pessoas dos quatro cantos da cidade participaram no último sábado (29), do ato político de comemoração dos 86 anos do PCdoB.
Após a abertura do ato, feita pelo dirigente estadual do PCdoB, Frederico Lima, o Deputado Estadual Carlin Moura relembrou passagens históricas dos 86 anos de vida do Partido e ressaltou a necessidade de mais ousadia nesse momento histórico. Estiveram presentes também, dirigentes do Partido Popular Socialista (PPS), do Partido Democrático Trabalhista (PDT), do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e do Partido dos Trabalhadores (PT). Todos valorizaram a história de lutas do PCdoB e manifestaram profundo respeito por essa agremiação partidária.
Também fizeram uso da palavra, Eli Izabel (Bel) representando a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Bia Inácio, Presidente da União Popular de Mulheres (UPM). O Presidente Municipal da União da Juventude Socialista (UJS), José Lousada Neto, falou da importância do PCdoB nas lutas juvenis, lembrando especialmente o grande papel que o partido jogou na grande manifestação da última quinta-feira, na Jornada de Lutas dos estudantes. “O PCdoB provou mais uma vez porque é o partido mais antigo, porém o mais jovem do país, carregando a indignação e a força da juventude”, afirmou. Neto terminou sua fala homenageando o militante Ramon Fonseca, que neste ano se despede da UJS, mas não das lutas em defesa do Brasil, da Juventude e do Socialismo.
Encerrando a atividade, o vereador Lipa Xavier saudou os filiados do Partido, além de resgatar as lutas e conquistas ao longo da sua jornada. Além disso, Lipa destacou que o Mandato Popular que o PCdoB exerce na cidade é o mais antigo mandato do Partido em Minas Gerais, (são 4 mandatos consecutivos), e por isso a necessidade do Partido se colocar enquanto alternativa nas eleições deste ano. É a primeira vez na história do Partido que o PCdoB lança uma candidatura própria para o executivo na cidade.
Após a apresentação da chapa de pré-candidatos a vereador pelo Partido, ocorreu animada confraternização no bairro São José, com música ao vivo e muita disposição da moçada.


Com informações da Assessoria de Comunicação do Mandato Popular Lipa Xavier
Foto: Rodrigo de Paula.



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Uma manifestação que entrou para a história

Mais imagens da Jornada de Lutas do último dia 27 em Montes Claros:






Fotos: Luisin Caldeira/www.bemnanet.com.br ; Rodrigo de Paula; Francisco Júnior




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UEE e UCMG levam reivindicações ao governador Aécio Neves

Os presidentes da União Estadual dos Estudantes (UEE-MG) e da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), Diogo Santos e Flávio Panetone, reuniram-se nesta quinta-feira (27) com o governador do estado, Aécio Neves, no Palácio da Liberdade. O objetivo do encontro foi levar ao conhecimento do chefe do executivo as reivindicações do movimento estudantil mineiro. Participou também a Vice-presidente da UEE, Tatiana Zocrato.
Os dirigentes estudantis cobraram uma urgente democratização do Conselho Estadual de Educação, com a inclusão de representantes dos estudantes e da sociedade civil. Falaram também sobre a necessidade de aumentar os investimentos no ensino público, melhorando a qualidade das instituições, e decretando o fim das taxas abusivas nas Universidades Públicas e privadas e a gratuidade em todas as unidades da UEMG (Universidade Estadual de Minas Gerais). Todas as reivindicações foram apontadas como justas pelo governador que afirmou a necessidade de se criar um ambiente de mais diálogo entre o movimento estudantil e o governo mineiro.
Além disso, reivindicaram a criação de uma “mesa de negociação”, que contemple todos os setores envolvidos, para reformular o projeto da “Escola Referência”. O movimento estudantil quer uma reforma curricular que possibilite a reflexão e formação do estudante e a gestão democrática nas escolas de Minas. Segundo Aécio, é de total interesse do governo a participação dos estudantes na formulação das políticas educacional. Na ocasião foi sinalizada uma reunião com a Secretária de Estado de Educação, Vanessa Guimarães, para tratar as demandas educacionais e sugestões do movimento estudantil.
Bienal da UEE e da UCMG
A bienal de cultura da UEE foi outro ponto debatido na reunião. O evento que terá sua primeira edição em novembro de 2008 é um dos projetos tidos como prioritários para a União Estadual dos Estudantes.
Para sediar o grande encontro da juventude com a cultura o palco escolhido foi a cidade histórica de Ouro Preto. Diogo disse ao governador que o projeto da Bienal da UEE tem tido boa recepção e tem como maior entusiasta o ex-secretário estadual de Cultura e prefeito de Ouro Preto, Ângelo Osvaldo (PMDB), que já enviou diversas cartas a membros do governo, para que apóiem a iniciativa dos estudantes.
Campanha pela retomada do patrimônio
O Manifesto pela retomada do patrimônio dos estudantes, tomado pelo governo militar foi entregue ao chefe do executivo mineiro. Ele reafirmou a importância política da campanha e sinalizou a cooperação do governo de Minas. Diogo fez uma avaliação positiva da reunião, porém, em tom cauteloso, o líder estudantil disse manter a necessidade de independência e bom relacionamento institucional, demonstrado na reunião.
“É papel do movimento social levar as demandas para os governantes, discutir com os atores que formulam a nossa política. Hoje, reunião com o governador, amanhã teremos a jornada de lutas com milhares de estudantes. É fazendo esta ponte entre as ruas e a grande política que as entidades cumprem o seu papel democrático e pro positivo, é este o movimento que fazemos em Minas”.
Amanhã as entidades estudantis mineiras lançam oficialmente a campanha pela retomada de seu patrimônio, o evento está marcado para as 20h no Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais.
Da Redação do Caderno Vermelho Minas


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Em BH, 3 mil estudantes tomam as ruas na jornada de lutas


8h da sexta-feira (28). A Praça Afonso Arinos, no centro da capital mineira, foi recebendo visitantes diferentes dos habituais vendedores de balas e passageiros dos pontos de lotação. Os primeiros estudantes chegaram do Barreiro, saindo do colégio Luis Gatti e logo começaram os apitos. Não demorou para que o presidente da UCMG, Flávio Panetone, entregasse para o grupo caixas de tinta verde e amarela. De rostos pintados, os estudantes simbolizaram a bandeira nacional e referenciaram o vitorioso movimento dos Caras Pintadas.
Rapidamente, a Avenida João Pinheiro foi congestionada. Em alguns minutos, cerca de 30 ônibus chegaram de todas as regiões de BH e das cidades metropolitanas, da UMES Nova Lima e da UMES Betim. Em seguida, começaram as falas inflamadas dos dirigentes estudantis das mais distintas tendências e correntes de pensamentos e forças políticas.
Panettone iniciou a manifestação, pedindo licença ao povo que estava na praça que ainda olhava indiferente para aquela aglomeração descontraída de jovens. Ele explicou que se tratava de um ato em defesa de mais verbas para a educação, pelo passe estudantil, além de uma homenagem ao estudante secundarista, Edson Luis, morto há 40 anos pela ditadura militar.
O papel da juventude nas transformações políticas foi lembrado pelo diretor do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (SINPRO Minas), Aerton Silva. O professor pediu a cooperação dos estudantes para a campanha contra a mercantilização do ensino, que está sendo realizada pelo Sindicato.

Luta pelo passe
Luiza Lafetá, diretora da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) em Minas, disse que a luta pelo passe estudantil é travada a quase 20 anos em Belo Horizonte e que há anos não existe diálogo entre o poder municipal e os estudantes para tratar a demanda. “Havia uma comissão formada no governo do prefeito Célio de Castro, hoje não temos nenhum dialogo por parte da BH-TRANS e da Prefeitura de BH”, denunciou.
O Presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE-MG), Diogo Santos, foi o próximo a falar. Ele reforçou as bandeiras levantadas pelos dirigentes secundaristas e disse que para os universitários não existe ponto mais importante do que o aumento de verbas para a educação. As entidades estudantis exigem do governo federal o investimento de 10% do PIB. Diogo defendeu uma imediata reformulação do conselho estadual de educação, mais valorização dos professores e o fortalecimento da UEMG e Unimontes, além de reforçar a necessidade de haver mais controle na qualidade do ensino privado. A passeata então tomou corpo, com os 5 mil estudantes, e começou a subir a Avenida João Pinheiro.

Parlamentares presentes
O deputado estadual, Carlin Moura (PCdoB), reforçou a necessidade da participação dos estudantes na formulação das políticas educacionais e denunciou a composição de maioria empresarial no conselho que formula a educação no estado.
Chegando na praça da liberdade, sede do governo de Minas, os estudantes atearam fogo em um caixão e simbolizaram a morte do projeto educacional no estado. Diogo disse aos estudantes que diretores das entidades se reuniram no dia anterior com o governador Aécio Neves que se comprometeu a discutir as demandas do movimento.
O ato com três mil estudantes, seguiu pela Avenida Brasil. A vereadora Maria Lucia Scarpelli (PCdoB) esteve presente e destacou a importância do movimento estudantil para a construção de um país mais justo e democrático.
Depois, já na Avenida Afonso Pena, a principal via da cidade, onde fica a sede da prefeitura de Belo Horizonte, os estudantes queimaram o segundo caixão, este endereçado a BHTRANS e a política de transporte do prefeito Pimentel.
A Secretária Geral da UEE, Poliana Soalheiros, denunciou a não existência de uma política de transportes que atenda a demanda dos estudantes mais carentes. Fagner Tatu, diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE), lembrou que a ausência do passe é um fator de evasão escolar e que é dever dos estudantes apresentar nas próximas eleições municipais esta bandeira para todos os candidatos a prefeitura.

Estudantes tomam a Praça 7
Na Praça 7 de setembro, o ato se preparava para o final. O monumento do pirulito foi tomado pelos estudantes que com suas bandeiras e tintas enfeitaram de verde, amarelo e vermelho o coração do centro de Belo Horizonte.
O grupo de aposentados que diariamente se concentram em frente ao tradicional café Nice, parou pra ver os manifestantes que chegavam empolgados e cantando palavras de ordem, na frente uma faixa que dizia: “Ocupar as ruas, mudar Minas, transformar o Brasil”.
Diogo Santos chamou todos os estudantes para cantar a última palavra de ordem e no tom do hino da independência os estudantes se despediram cantando “Ou ficar na Pátria Livre ou morrer pelo Brasil!’’
Participaram também do ato o ex-deputado federal Sergio Miranda (PDT), o vereador Paulão (PCdoB), além de diretores da Associação Comunitária do município de Nova Lima e do Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações (Sinttel)

De Belo Horizonte, Pedro Leão
Fotos: Gabriela Nascimento
Do Caderno Vermelho Minas


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quinta-feira, 27 de março de 2008

Estudantes bombaram as ruas de Montes Claros

Montes Claros assistiu à maior manifestação popular da história da cidade. Cerca de cinco mil estudantes, segundo estimativa da Polícia Militar, saíram às ruas na Jornada de Lutas 2008. Tendo como bandeira prioritária o meio-passe estudantil, reivindicação histórica, a passeata foi organizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), União Estadual dos Estudantes (UEE-MG), União Colegial de Minas Gerais (UCMG), Diretório Central dos Estudantes da Unimontes, União da Juventude Socialista (UJS), Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro Minas) e União Popular de Mulheres (UPM).
"Estamos aqui pra mostrar, mais uma vez, que a moçada não vai sossegar enquanto o meio-passe não for aprovado" disse Lucas Alves, diretor da UCMG.
A manifestação foi precedida de mobilizações nas escolas secundaristas e nas universidades. “Em assembléia geral dos estudantes na Unimontes, definimos que não abriremos mão de nossa posição. O meio-passe deve ser para todos os estudantes, sem critério de renda e sem restrição de uso nos fins de semana. Também exigimos que o desconto não seja inferior aos 50% previstos no projeto de lei que tramita atualmente na Câmara”, afirmou o Presidente do DCE da Unimontes, Diego de Macedo.
Os estudantes de escolas e universidades dos quatro cantos da cidade se concentraram, a partir das 8 da manhã na Praça Doutor Carlos, centro nervoso da cidade, com muita empolgação e com apresentações de dança de rua. Depois de percorrer o centro da cidade, os jovens fizeram um grande ato em frente à Prefeitura, cobrando o compromisso feito pelo prefeito Athos Avelino (PPS) há dois anos atrás de efetivar essa política pública em nossa cidade.
Após o ato, o vice-prefeito Sued Kennedy (PT) e o presidente da Transmontes (Empresa Municipal de Transporte e Trânsito de Montes Claros), José da Conceição, receberam comissão formada pelos estudantes e pelo vereador Lipa Xavier (PCdoB), autor do projeto de lei do meio-passe que tramita na Câmara Municipal. Sentados à mesa de negociação estavam também o presidente do DCE da Unimontes, Diego de Macedo, o Vice-Norte da UCMG, Lucas Alves e o presidente municipal da UJS, José Lousada Neto.
E a reunião deu resultados, “foi a maior manifestação da história de Montes Claros nos últimos dez anos. E conseguiu abrir com a Prefeitura um canal de negociação que não existia. Foi formalizada uma comissão com representantes do executivo, do legislativo e dos estudantes pra elaborar um projeto consensual sobre o meio-passe, a ser apresentado dentro de 45 dias. Foi uma grande vitória dos estudantes!” afirmou Lipa. O vereador também afirmou ao Blog que irá requerer Audiência Pública na Câmara Municipal para discutir o tema no final de abril.
Outra grande conquista da Jornada, foi a garantia dada pelo presidente da Transmontes de que os estudantes terão assento no Conselho Municipal de Trânsito.
Para Diego de Macedo, “essa manifestação representa o anseio de uma luta de vários anos dos estudantes. Temos plena convicção que nossa geração irá conquistar o direito ao meio-passe, a hora é agora!”
“Parabenizo a todos os estudantes que sacrificaram seu dia estudo pra lutar pelos seus direitos, às entidades que se esforçaram pra garantir essa grande mobilização, mas congratulo-me especialmente com a aguerrida militância da UJS, que não poupou esforços em mais essa batalha”, afirmou o Presidente da UJS, José Lousada Neto.


Veja abaixo algumas imagens deste dia histórico pra juventude montesclarense.


Fotos: Rodrigo de Paula e Francisco Júnior


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Estudantes cobram compromisso do prefeito

Neste momento uma comissão estudantil, formada por representantes da UNE, UBES, UEE-MG, UCMG e DCE Unimontes, além do vereador Lipa Xavier (PCdoB), autor do projeto de lei do meio-passe, está reunida com o vice-prefeito de Montes Claros, Sued Kennedy (PT).
O objetivo da reunião é cobrar do prefeito a efetivação do meio-passe no transporte coletivo urbano. Há dois anos, durante a Jornada de Lutas de 2006, o prefeito recebeu uma comissão e comprometeu-se com a bandeira de luta. Porém, dois anos e uma licitação do transporte coletivo depois, a promessa ainda não foi cumprida. Os estudantes deram seu basta hoje. A proposta de mobilização permanente até a aprovação do projeto não está descartada.
Enquanto a reunião acontece, centenas de estudantes aguardam o resultado na frente da prefeitura, com apresentações culturais e muita descontração.
Logo mais, imagens e mais informações da vitoriosa e histórica passeata de hoje.

Entre aspas:

“A manifestação foi um sucesso, movimentou a juventude montesclarense em prol de um objetivo comum, que é a conquista do meio-passe. Devemos fazer desta, uma luta permanente dos estudantes montesclarenses”.

Mateus Fonseca, estudante de História da Unimontes e militante da UJS.
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5 mil ocuparão as ruas de BH amanhã

Jornada de lutas: UEE e UCMG vão colocar 5 mil nas ruas nesta sexta
Março sempre foi o mês tradicional das grandes mobilizações estudantis, impulsionadas pela Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Educação, série de manifestações promovidas pela UNE e pela UBES em todo o país.
Neste ano, repetindo a grande passeata de 2007, a União Estadual dos Estudantes (UEE-MG) e a União Colegial de Minas Gerais (UCMG) prometem na próxima sexta-feira, dia 28 de março, colocar mais de 5 mil estudantes nas ruas de Belo Horizonte para protestar por mais investimentos na educação.
A concentração começa às 8h, na praça Afonso Arinos. Depois, a marcha passará em frente a porta do Palácio da Liberdade e da Prefeitura, seguindo até a Praça Sete, onde haverá um ato público com outros movimentos sociais.

Bandeiras
As manifestações levantam bandeiras como a democratização do conselho Estadual de Educação, a implantação do passe estudantil (BH é uma das poucas capitais onde não existe política do passe), o fim das taxas abusivas nas Universidades Públicas e privadas, a reforma curricular e a gestão democrática nas escolas de Minas, além de mais investimentos e gratuidade em todas as unidades da UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais).
“Aqui em Minas Gerais precisamos de um projeto de educação que leve em conta a necessidade de uma escola democrática e inovadora e de uma Universidade Pública que cumpra a função de pensar o desenvolvimento de nosso Estado”, afirma o presidente da UEE-MG, Diogo Santos.
Além das manifestações locais, a Jornada também reivindica em todo país a luta pelo fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU), a gestão democrática nas escolas, investimento de 10% do PIB na educação, limitação do capital estrangeiro nas universidades, mais qualidade e acesso ao ensino superior, e a derrubada dos vetos de FHC ao plano Nacional de Educação.
O presidente da UCMG, Flávio “Panetone”, acredita que só com a pressão dos estudantes será possível conquistar mudanças concretas no sistema educacional de Minas Gerais. “Vamos levar até os governantes as nossas reivindicações. Mas sabemos que somente com muita pressão e com os estudantes nas ruas é que poderemos mudar o quadro de descaso com a educação que se instalou aqui no nosso estado”, convoca.

Edson Luis, presente!
A Jornada também relembra os 40 anos da morte do estudante secundarista Edson Luis, assassinado no restaurante Calabouço, em março de 1968, pela ditadura militar.
Gabriela Nascimento, do Caderno Vermelho Minas



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Milhares nas ruas de São Paulo e Salvador

Cerca de 2 mil paulistas protestaram por mais verbas para a educação e comemoraram o cancelamento do leilão da Companhia Energética de São Paulo (Cesp). Na Bahia, a manifestação de aproximadamente 5 mil pessoas reivindicou eleições diretas para os cargos de diretor e vice-diretor das escolas públicas, ampliação de vagas nas universidades estaduais, além de cotas para estudantes oriundos do sistema público de educação.

As ruas de Salvador e de São Paulo ganharam um colorido especial ontem. Nas duas capitais, estudantes abriram o primeiro dia da Jornada de Lutas da UNE e da UBES com grandes manifestações.
Na capital paulista cerca de dois mil estudantes realizaram passeata pacífica que saiu da Praça da Sé, marco zero da cidade, até o Largo São Bento comemorando o cancelamento de leilão da Cesp e reivindicando mais verbas para a educação e gestão democrática em universidades e escolas.
Segundo a presidente da UNE, Lucia Stumpf, "os estudantes e a juventude de São Paulo deram uma lição de democracia ao sair às ruas para comemorar o cancelamento do leilão da Cesp e exigir mais verbas para a educação. A força dos estudantes unidos, tomando as ruas da capital, é imprescindível àqueles que insistem em construir um Brasil melhor e mais justo para todos".
Para Lúcia, "as passeatas da Jornada de Lutas que tomarão as ruas de todo o Brasil até a próxima sexta-feira, reivindicando melhorias na educação pública e também relembrando os 40 anos de morte do estudante Edson Luis, já começam inspiradas na animada passeata que coloriu o centro de São Paulo".
Durante a passeata estudantes entoaram gritos de "Edson Luis, presente!", em homenagem ao estudante morto em 1968 pela ditadura militar. O circuito da manifestação foi marcado pela irreverência típica do movimento estudantil. Do alto do carro de som jovens atiraram confetes e serpentinas em comemoração a suspensão do leilão da Cesp.
Na Bahia cerca de 5 mil estudantes universitários e secundaristas tomaram as ruas de Salvador. A passeata saiu de Campo Grande e seguiu até a Praça Municipal, chamando a atenção da população para os problemas relativos à educação no Brasil.
Em pauta o aumento do número de vagas nas universidades, assim como a ampliação da assistência estudantil. "É necessário que se garanta a permanência do aluno carente nas Universidades, com bolsas-auxílio, restaurantes e residências estudantis", afirma o presidente da União dos Estudantes da Bahia (UEB), Jéferson Conceição.
Os estudantes pleitearam ainda eleições diretas para os cargos de diretor e vice-diretor das escolas públicas. Para eles, uma maior atenção deve ser dada às universidades estaduais, que poderiam ter o número de vagas ampliado, além de cotas para estudantes oriundos do sistema público de educação.
Na manifestação, os estudantes também defenderam a limitação do capital estrangeiro nas universidades e se posicionaram contra a mercantilização da educação. "Já existem instituições de ensino negociando ações na Bolsa de Valores!", indigna-se a diretora de comunicação da UEB, Juci Santana.
Os organizadores da passeata também prestaram homenagem ao estudante secundarista Edson Luís, militante da época da ditadura militar, que foi morto há 40 anos dentro do Campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Hoje, além da já vitoriosa passeata que ocorre neste momento em Montes Claros, as manifestações acontecem nos seguintes estados: Amapá, Goiás, Alagoas, Espírito Santo, Paraíba, Roraima e Amazonas. Além das bandeiras que nortearão as manifestações pelo Brasil, a jornada também relembra os 40 anos da morte do estudante secundarista Edson Luis, assassinado em 1968 no restaurante Calabouço, em São Paulo, pela ditadura militar.

Com informações do Estudantenet.

Foto SP: Vanessa Stropp / arquivo CUCA

Foto BA: A Tarde on line



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A maior passeata da história de Montes Claros

Aqui no Blog você fica sabendo em primeira mão. Acabou de sair da Praça Doutor Carlos, centro de Montes Claros, a maior manifestação da história norte-mineira. Nesse momento, cerca de cinco mil estudantes ocupam as ruas da cidade.
Segundo Danniel Coelho, estudante de Ciências Sociais da Unimontes e membro da Direção Estadual da União da Juventude Socialista (UJS), "essa jornada de lutas demonstra que a luta pelo meio-passe nunca esteve tão viva, chegou a hora de mostrar a força dos estudantes montesclarenses"
Em breve traremos imagens e mais informações.

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quarta-feira, 26 de março de 2008

Em defesa da Educação!


A Jornada de Lutas pela Educação está a todo vapor. Iniciada na última segunda-feira, com o tema “Educação de verdade: Mais verbas, Democracia e Qualidade!”, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) estão promovendo atos e manifestações por todo o Brasil.
A Jornada já é uma tradição das entidades que a cada ano, sempre no mês de março, elege um tema relacionado à educação, que esteja na ordem do dia. Este ano a Jornada de Lutas elegeu as seguintes bandeiras: fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU); gestão democrática nas escolas; aumento nas verbas, com 10% do PIB para a educação; limitação do capital estrangeiro nas universidades brasileiras; mais qualidade e acesso ao ensino superior.
Além das bandeiras que nortearão as manifestações pelo Brasil, a Jornada também relembra os 40 anos da morte do estudante secundarista Edson Luis, assassinado no restaurante Calabouço, em 1968, pela ditadura militar. Para saber mais sobre o episódio, clique aqui.

O bicho tá pegando!
Em São Paulo, a mobilização dos estudantes já deu resultado. Depois da pressão exercida por entidades do movimento social e estudantil, o governador José Serra anunciou esta terça-feira, o fracasso do leilão da Companhia Energética de São Paulo (CESP). A decisão foi considerada uma vitória para o movimento estudantil paulista que pautou a privatização da estatal para a manifestação de hoje na capital paulista.
"Vamos realizar um ato em comemoração a essa vitória, mas nos manteremos atentos a qualquer tentativa de privatização de empresas brasileiras", anunciou o presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), Arthur Herculano.
A moçada da Bahia saiu às ruas hoje de manhã para lutar por um plano de assistência estudantil, que garanta a expansão e acesso do ensino superior para todos. Além de defender essa bandeira, os estudantes protestaram também contra o aumento no valor do transporte público, pagamento de meia passagem para estudantes em ônibus municipais e a regulamentação do direito à meia-entrada.
Já os sergipanos promoverão atos contra mensalidades abusivas em universidades particulares e por reserva de vagas na Universidade Federal de Sergipe. Hoje será realizado na UFS (Universidade Federal de Sergipe), um debate acerca das reivindicações dos estudantes sergipanos. E amanhã, um ato público será feito no Centro de Aracaju.
Os estudantes do Amazonas, Paraíba e Roraima também realizaram passeatas na manhã de hoje nas capitais de seus estados em defesa da educação.

Montes Claros na rota da luta
Aqui em Montes Claros os estudantes já estão mobilizados para a passeata de amanhã. Com concentração a partir das 8 da manhã na Praça Doutor Carlos, centro da cidade, a manifestação terá, além das bandeiras de luta nacionais, a reivindicação histórica do meio passe, a defesa da meia-entrada, e contra o aumento das tarifas do transporte coletivo urbano. A manifestação é organizada pela UNE, UBES, União Estadual dos Estudantes (UEE-MG), União Colegial de Minas Gerais (UCMG), Diretório Central dos Estudantes (DCE-Unimontes), União da Juventude Socialista (UJS) e Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas).
Hoje de manhã as entidades estudantis promoveram Assembléia no Centro de Ciências Humanas da Unimontes para discutir as reivindicações e potencializar a mobilização. Segundo o Presidente do DCE, Diego de Macedo, “mais uma vez os estudantes dão uma demonstração de sua força e apresentam suas propostas para melhorar as condições dos estudantes, professores, e da população montesclarense”. Nova Assembléia ocorrerá, no mesmo local, às 20 horas de hoje.
Os professores da rede privada de ensino, que lançaram recentemente a campanha “Educação não é mercadoria”, participarão da jornada denunciando a tentativa de cassar os seus direitos. A Campanha Salarial da categoria, ainda em curso, tem enfrentado o poderio dos donos de escolas em nossa cidade. “A mercantilização da educação vem atingindo níveis nunca vistos antes, e Montes Claros não foge a essa lógica capitalista do lucro a qualquer custo”, afirma o Presidente do Sinpro Minas, Gílson Reis.
O Vice-Norte da UCMG, Lucas Alves, entende que o prefeito Athos Avelino poderia ter inserido o meio-passe na recente licitação do transporte coletivo urbano. “Infelizmente o interesse das empresas prevaleceu sobre os interesses dos estudantes. Esperamos que essa injustiça histórica seja reparada e o compromisso assumido se torne realidade”.

Para maiores informações sobre a jornada:
Lucas Alves: (38) 9105 3650
DCE Unimontes: (38) 3229 8023
Thiago Mayworm (11) 8179 1953
Luana Bonone (11) 8694 4280

Com informações do Estudantenet


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terça-feira, 25 de março de 2008

Paixão em preto-e-branco

Hoje também está sendo comemorado o centenário do Clube Atlético Mineiro. O Galo mais famoso do mundo completa seus 100 anos de glórias, raça e suor. Em homenagem à grande torcida alvinegra, em especial, meus grandes amigos Marcelão, Alicinho, Baé, Zé Morais, Dedé, Eder, Pedro Pinga, Evandro, Paulin, Walter Lacorte, Ygor Magal, Lucas Pombo, Robertão e Luciano Rezende, publico artigo deste último, com destaque para o pronunciamento do Deputado Estadual Carlin Moura na Assembléia Legislativa de Minas. Este artigo pode ser conferido também na coluna do Luciano no Portal Vermelho.




Cem anos de uma louca paixão


“Se houver uma camisa preta e branca pendurada num varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento”. (Roberto Drumond)

Hoje é o centenário do Clube Atlético Mineiro e o 86° aniversário do Partido Comunista do Brasil. Qual o segredo que essas duas organizações têm em comum para atingir tal longevidade? Uma delas, sem sombra de dúvida, é a estreita ligação com as massas.

Inclusive a torcida atleticana é conhecida como A Massa, e quase sempre consegue arrastar rios de gente para ver um jogo do seu querido Galo. É assim que esse clube secular é chamado devido ao fato de a torcida ver semelhança de seu time com um galo de rinha e sempre primar mais a luta que a técnica. “- Ah, como era bom ver um gol de canela do Dadá Maravilha aos 48 do segundo tempo”, dizem os mais velhos.

Para minha geração sobrou os ásperos tempos. Em que pese ter sido formado atleticano tendo como referências ídolos do quilate de um Reinaldo, Luisinho, Toninho Cerezo, Éder Aleixo, Nelinho, Marcelo, Catatau, Paulo Isidoro, Jorge Valença, João Leite, entre outros, restaram após esse período as vacas magras e um clube imerso numa crise que parece interminável e detentor da maior dívida entre seus pares. Nesse cenário é como diria o grande Kafunga: “Torcer para outros times é fácil, quero ver mesmo é ser atleticano”.

Mas também o futebol vive de seus fluxos e refluxos. E a esperança de milhões de atleticanos e atleticanas é que medidas adotadas, sobretudo pelo Governo Lula com os comunistas à frente do Ministério do Esporte, tal como a Timemania, sejam capazes de ajudar a soerguer esse patrimônio de Minas e do povo brasileiro, ajudando a combater a corrupção nas administrações presente e futuras.

Assim é a vida dos atleticanos: lutar, lutar, lutar. E assim enaltece o seu hino e desse modo se portam diariamente os cinco milhões de seguidores. Uma torcida composta majoritariamente por camadas mais pobres da sociedade (como afirma o Datafolha), que quando chamada por torcidas adversárias de “cachorrada” ou “favelada”, se infla de orgulho e estufa o peito para responder a provocação com um sonoro GALÔÔÔ!

Para aqueles que rotineiramente tentam tachar o futebol como “ópio do povo” ou uma prática alienante, respondemos que há de se ir ao um estádio de futebol (de preferência a um jogo do Galo) e sentir de perto as emoções mais vivas do povo.

Nessa última década temos sofrido mais do que nos alegrado. Mas afinal, o que são algumas décadas frente a um século de proezas extraordinárias que forjaram nas mais duras adversidades uma torcida tão apaixonada como essa?

Para entender um pouco mais a trajetória dessa paixão mineira que se estende a todos os cantos do Brasil, passemos à palavra ao nosso deputado estadual Carlin Moura que assim se pronunciou na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, por ocasião do centenário do Galo:

Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, público presente, amigos e amigas das Gerais:
Na próxima terça-feira, 25 de março, é o dia do aniversário do meu partido, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Mas, peço licença para homenagear outra agremiação popular: o Clube Atlético Mineiro. Também fundando num dia 25 de março, nosso querido alvinegro mineiro comemora um século de existência.
Quem já foi a um jogo do Galo (como é conhecido mundialmente o Clube Atlético Mineiro em alusão ao fato de lutar até o fim durante uma partida de futebol) sabe muito bem como é apaixonada sua torcida. Torcedores que mais deviam ser chamados de seguidores, adeptos, romeiros, devotos, fiéis. Simplesmente “A Massa”, como é conhecida a torcida atleticana, é o maior patrimônio desse time e um dos maiores orgulhos do povo mineiro.
Quem já leu o clássico Manifesto do Partido Comunista, redigido em 1848 pelos fundadores do socialismo científico, Karl Marx e Friedrich Engels, deve lembrar a passagem em que os autores se referem à luta de classes: “Até hoje, a história de todas as sociedades é a história da luta de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor feudal e servo, mestre de corporação e aprendiz; em resumo opressores e oprimidos, estiveram em constante antagonismo entre si, travando uma luta ininterrupta...” Essa é uma das teses mais vigente no mundo atual, onde presenciamos no dia a dia a fúria do capital contra o trabalho. Quem pode refutar a atualidade dessa tese que ademais de tudo isso é tão defendida por meu partido, o PCdoB?
Pois me atrevo a dizer que se Marx e Engels tivessem tido a oportunidade de ir ao Mineirão assistir a um jogo do Galo, teriam feita a seguinte observação: Quando está em campo onze jogadores trajando um manto alvinegro, uma multidão se une de tal forma que parece cessar a luta de classes durante 90 minutos e, durante esse período, todos se apaziguam em torno de um objetivo comum que é levar o seu querido Clube Atlético Mineiro a mais uma vitória, embalados por um grito de amor que entoa quatro letras: G.A.L.O. Nesse momento, somente nesse momento, parece dar tréguas a luta de classes, e todos se irmanarem em torno de um objetivo maior, misterioso e apaixonante.
Talvez essa brincadeira ajude a ilustrar quão apaixonada é essa torcida que aprendeu como poucas a suportar as maiores adversidades. Para ser atleticano e atleticana necessariamente precisa ser forjado nas mais duras provações. Nenhuma conquista vem fácil para nossa torcida. Cada vitória só é alcançada depois de muita luta e, por isso mesmo o caráter imprescindível da Massa nos estádios, empurrando o time até o minuto final.
Quem já viu um jogo do Galo da arquibancada ou da popular geral sabe bem por que a Massa é a Massa. Um batalhão de torcedores e torcedoras anônimos que nunca se esmorecem ou fraquejam diante dos tropeços. Seguem firmes e resolutos em defesa do Clube Atlético Mineiro mesmo enfrentando a maior crise financeira de sua história, um triste legado que a atual administração tenta contornar. Mas o Galo é como a fortaleza da cidade de Stalingrado, na União soviética - duramente bombardeada pelo exército invasor de Hitler e que foi poetizada pelo nosso eterno conterrâneo e também comunista Carlos Drummond de Andrade: “...Saber que resistes. Que enquanto dormimos, comemos e trabalhamos, resistes. Que quando abrirmos o jornal pela manhã teu nome (em ouro oculto) estará firme no alto da página...” “...sinto-te como uma criatura humana, e que és tu, Stalingrado, senão isto? Uma criatura que não quer morrer e combate, contra o céu, a água, o metal, a criatura combate, contra milhões de braços e engenhos mecânicos a criatura combate, contra o frio, a fome, à noite, contra a morte a criatura combate, e vence”.
E desta mesma forma diz nosso hino atleticano, escrito por Vicente Motta, que às vezes mais parece uma oração: “vencer, vencer, vencer, esse é o nosso ideal. Honramos o nome de Minas, no cenário esportivo mundial.”
Certamente nosso Galo e sua fanática e vibrante torcida merecem ser objeto de estudo e melhor investigado pela sociologia. A CAPES e o CNPq precisam investir em uma nova linha de pesquisa para estudar essa fanática torcida centenária. Essa torcida é como a cachaça mineira que a cada ano, quanto mais velha fica, mais estimável e ludibriante se torna. É um fenômeno peculiar de paixão popular que os séculos são incapazes de apagar.
Mas afinal, a quem homenageamos nesse 25 de março? Ao Clube ou a sua torcida? É a mesma coisa. Clube e torcida atleticana é um amálgama fundido no ventre de nosso quadrilátero ferrífero e exportado para todo o mundo. É o preto e o branco, impossível de viverem separados.
Um dos mais importantes comandantes dos comunistas na América Latina, Che Guevara, disse certa vez: “se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros”.
Nós, atleticanos, somos todos companheiros. Lutamos permanentemente contra toda espécie de injustiças. E quantas injustiças já fizeram a Massa sofrer de indignação? Quando ouvimos alguém citar o ano de 1980, o que surge como um raio na cabeça de todo(a) atleticano(a)? Como esquecer o nome de José de Assis Aragão e o papel manipulador de toda grande mídia quando fomos assaltados no Maracanã? Não teria sido essa uma outra versão do Maracanaço de 1958? E 1981 no Serra Dourada? Que foi aquilo que nos aprontou o hoje comentarista global?
Também os grandes meios de comunicação por várias vezes fazem valer do seu poder de influência para promover os clubes sediados junto às emissoras matrizes, normalmente em centros econômicos mais poderosos. Para as filiais resta transmitir os jogos locais apenas quando são clássicos ou jogam em horários alternativos. Emissoras de São Paulo difundem para o sul de Minas jogos de equipes do estado bandeirante, e emissoras cariocas fazem o mesmo com os times do Rio, projetando-os para a Zona da Mata mineira, por exemplo. Seria um bairrismo meu? De forma alguma. Compartilho da mesma luta de minha colega de Partido, Jandira Feghali, que luta pela democratização dos meios de comunicação e há muito vem defendendo resguardar pelo menos 30 por cento da programação de cada estado à cultura, tradições e especificidades locais. O mesmo vale para o estado do Pará onde se transmite quase todos os jogos do Flamengo e quase nada do Papão da Curuzu.
Respeitamos todos os times do Brasil, mas no nosso terreiro que deve sempre cantar mais alto é o Galo das Alterosas.
O Atlético é um patrimônio de nosso povo. Esse é o entendimento de meu Partido que também considera o futebol como uma das máximas expressões culturais do povo brasileiro. A visita do Ministro do Esporte Orlando Silva, de meu Partido, à Cidade do Galo, foi uma demonstração de como o PCdoB encara a necessidade de auxiliar o Galo e os demais clubes a se reerguerem economicamente e combater a fuga de talentos que acomete nosso país.
O lançamento da Timemania também foi outro golaço do governo do presidente Lula que pode ajudar muito não apenas o Atlético, mas tantos outros clubes que terão uma oportunidade histórica para equilibrar suas dívidas sem prejuízos aos cofres públicos e muito menos ao contribuinte.
Aproveito aqui o espaço para pedir para que as empresas mineiras invistam mais nos nossos times e endosso a contrariedade do nosso presidente Ziza que reclamou da Fiat Automóveis que goza de incentivos fiscais bancados, sobretudo pelos mineiros, e mesmo assim, em pleno ano do centenário do Galo, prefere apostar com somas muito mais vultosas em outra equipe de São Paulo.
Amigos e amigas, essa é uma data muito especial. Se o Santos de Pelé foi capaz de até cessar temporariamente uma guerra na continente africano, sejamos capazes de fazer unir todos os amigos do Galo, independentes de credo, partido, orientação sexual ou seja lá o que for. No centenário do Galo o que vale mesmo a pena (quando a mesma não é pequena) é que seja ela preta e branca.
E quem perguntar como fui capaz de falar do Galo sem ter mencionado uma única vez o nosso grande rival, escapulo com outra tese marxista que aqui também se encaixa como uma luva: o que seria do Galo sem o Cruzeiro (ou vice-versa) na eterna luta dos contrários?
E para finalizar. Tivessem nosso prefeito de BH e nosso governador assistido pela primeira vez a um jogo do Galo ao invés do nosso rival, não estariam hoje tentando fazer o cruzamento híbrido da vaca com o jumento, pois atleticano mesmo gosta é de cantar bem alto a música de Beth Carvalho que elegeu como segundo hino: “Você pagou com traição, a quem sempre lhe deu a mão”.
Reverências ao saudoso atleticano Roberto Drumond, que permanece presente em nosso meio com sua máxima:
“Se houver uma camisa preta e branca pendurada num varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento.”
VIVA O CLUBE ATLÉTICO MINEIRO EM SEU PRIMEIRO CENTENÁRIO GLÓRIA ETERNA AO GALO MAIS FAMOSO DO MUNDO VIDA LONGA À MASSA ATLETICANA

Como não poderia deixar passar apenas em preto e branco esta data, deixo aqui também uma sincera homenagem que saiu no hilário Kibe Loco. Sem mais chororô. Saudações a massa atleticana!












A Estrada vai além do que se vê!

86 anos de ousadia e atitude!

Hoje o Partido Comunista do Brasil, PCdoB, completa 86 anos de história. Pra homenagear a mais antiga e combativa agremiação partidária do país, publicamos artigo do Presidente Nacional do PCdoB, Renato Rabelo, publicado hoje no Portal Vermelho.

PCdoB 86 anos: mais ousadia a serviço dos trabalhadores e da nação

Por Renato Rabelo*

O Partido Comunista do Brasil – fundado em 1922 – vinca uma trajetória na história política nacional de luta democrática, patriótica e popular, com grandes acertos, destacados êxitos e também grandes revezes importantes; com influência política crescente em grande contingente de trabalhadores e em apreciável camada da elite pensante nacional; com períodos de zig-zags políticos, vivendo a maior parte do tempo sujeito a pesadas perdas e a adversidades próprias dos ciclos de poucas aberturas e longas restrições à democracia que o Brasil atravessou no século passado.
Teve que se reorganizar várias vezes, se reestruturar e se recompor em inúmeras ocasiões. Desde a reorganização do PCdoB, em 1962, apesar das vicissitudes da época, sua trajetória tem construído uma resultante singela e exitosa. As vitórias democráticas a partir do início da década de 80 no Brasil, a conquista da legalidade partidária e, por outro lado, as derrocadas, no final dessa década, das primeiras experiências socialistas do século passado, impuseram aos comunistas brasileiros exigências e desafios de novo tipo. Vitória mais significativa foi responder à profunda crise teórica e ideológica nos anos 90, mantendo a identidade do Partido Comunista do Brasil e seus princípios básicos, procurando plasmar, ao mesmo tempo, uma feição moderna e não perdendo de vista seus objetivos maiores articulados com uma tática ampla e flexível e métodos inovadores.

A nova luta pelo socialismo
O PCdoB passou a viver o tempo de uma nova luta pelo socialismo, enfrentando novas condições para a luta democrática e popular. A nova luta estratégica e tática exige do Partido Comunista, das forças avançadas, atualizar a teoria da revolução, reformular o programa que oriente o movimento transformador, buscando ensinamentos da rica experiência socialista do século 20 e definindo, no caso do Brasil, um caminho específico para o socialismo no nosso país.
O tempo atual se caracteriza pela exigência de acumulação estratégica de forças, combinando várias formas de luta e de organização, podendo-se atravessar diferentes períodos intermediários e de transição a fim de se alcançar a alternativa transformadora de superação da sociedade capitalista.
O PCdoB, com base na sua experiência do tempo presente, tem compreendido que para a acumulação de forças é preciso uma orientação, no interesse dos objetivos partidários, que formule com justeza a articulação da luta política, reformas e rupturas, nos diferentes níveis – inclusive em frente política com o governo democrático no Estado vigente; com a luta social, construindo forças motrizes sociais com o intuito transformador; e com a luta de idéias forjando, a partir do pensamento avançado desta época, a efetiva alternativa transformadora.

Renovação na concepção política e partidária
O Partido Comunista do Brasil cresceu e ampliou sua influência nestes anos do ciclo político inaugurado com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da República. Avançou na linha de renovação da concepção e da prática do partido procurando, com originalidade, formas e meios em correspondência com o curso da luta política, tendo em vista empreender mudanças democráticas mais profundas no país.
Desde meados de 2006, o Comitê Central do PCdoB, baseado no curso do avanço democrático no Brasil e na América do Sul, e no desenvolvimento da experiência partidária, definiu importante orientação de renovação da concepção política e partidária consistente na anunciada indicação: maior afirmação do partido e mais ousadia na tática para alcançar os seus objetivos políticos.
Essa orientação teve ampla repercussão nas fileiras partidárias, transformando-se rapidamente na prática de todo o partido, perpassando por todas as trincheiras de luta, destacando-se sobremodo a intervenção política numa escala inédita no pleito municipal de 2008, dando ao PCdoB uma dimensão bem maior no embate político com a apresentação de 15 candidaturas a prefeito com grande prestígio político nas capitais e mais de 400 candidaturas majoritárias em municípios grandes, médios e pequenos e mais de 5 mil candidatos a vereadores.
Também merecem destaque o apoio na esfera sindical à Corrente Sindical Classista (CSC) , juntamente com outras forças aí atuantes, na criação da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), com o objetivo de que a entidade assuma um caráter classista, democrático e plural e o avanço da consolidação orgânica do partido com a definição já adiantada e em debate de uma nova política atualizada para os quadros partidários.
No final de 2007, o Comitê Central do PCdoB aprova a luta pelas seis reformas democráticas – política, tributária, educacional, urbana, agrária e democratização da mídia – num esforço de contribuir na afirmação de uma agenda propositiva e positiva, impulsionando o governo Lula no sentido da democratização da sociedade e apresentando essa proposta aos partidos de esquerda e democráticos, e ao movimento social, a fim de poder recompor a unidade na luta, superando a fragmentação política e de ação, sendo também uma contraposição efetiva às tentativas sempre presentes de contra-reformas de cunho neoliberal. Essas bandeiras pelas reformas democráticas vêm adquirindo ampla repercussão e aceitação com a consecução de uma série de iniciativas e eventos visando o debate da sua importância e de uma definição de suas plataformas mais desenvolvida e unificadora.

O PCdoB se expande e se fortalece
O PCdoB atravessa um momento de expansão, conseguindo grandes passos na construção partidária. Possui uma bancada de 13 deputados federais e um senador no Congresso Nacional, que cresce em autoridade e influência política, e de 14 deputados estaduais, de 10 prefeitos e de 330 vereadores. As suas fileiras já ultrapassam 230 mil filiados, aproxima-se de 100 mil militantes e conta com uma estrutura de quadros na casa dos 20 mil integrantes, que representa sua principal riqueza política.
Desde o seu 11º Congresso, em 2005, o partido conta com um novo estatuto, renovando concepções e práticas de partido, no rumo de perseguir a unidade de ação política e o caráter militante de suas fileiras nas condições contemporâneas. Afirmou a vocação de um partido em que viceja a liberdade de opinião e debate, junto com o compromisso consciente em defender as opiniões decididas democraticamente pela maioria. A prática, em última instância, é que demonstra quem tem maior correspondência com a realidade.
O PCdoB promoveu importante atualização da linha de estruturação partidária com o 1º Encontro Nacional sobre Questões de Partido, e reforçou a centralidade da atuação entre os trabalhadores, a juventude e as mulheres, tendo realizado uma primeira Conferência Nacional sobre a questão da Mulher e constituiu um Fórum Nacional Permanente, coordenado pela Secretaria Nacional da Mulher. Vai alcançando nova dimensão do papel da mulher nas direções do partido e nas candidaturas aos cargos eletivos, sendo este fato nítido sintoma de sua renovação. Hoje, além da presença destacada de mulheres comunistas nas bancadas parlamentares, pode-se dizer que no mínimo 30% dos integrantes dos órgãos de direção partidária são mulheres.
Ao lado disso, o partido promove grande renovação na constituição do Comitê Central e comitês estaduais, com a maior presença de quadros jovens, trabalhadores e mulheres. Vem sendo implantada a Carteira Nacional de Militante, expressão de direitos e deveres dos militantes. Grande conquista foi a campanha pela compra de uma sede própria do partido, que arrecadou fundos suficientes para adquirir um prédio de oito andares, no centro de São Paulo, onde será estruturada a atividade de direção partidária.

Prioridade para a comunicação, formação e propaganda
Conforme decisão do Comitê Central, a comunicação, a formação e propaganda têm sido encaradas como prioridade no PCdoB. Neste sentido o partido tem investido maiores recursos nestes setores de trabalho, contratando novos profissionais especializados, montando um aparato sofisticado de edição de rádio, trabalhando com pesquisas de opinião sobre a imagem partidária, entre outras iniciativas importantes. Além disso, o partido tem dedicado atenção ao debate sobre o papel manipulador da mídia hegemônica e tem participado dos vários fóruns de debate sobre o tema.
Fruto destas decisões, os instrumentos de comunicação do PCdoB têm se fortalecido. Edita e distribui o jornal A Classe Operária, que completa 83 anos, hoje em formato atualizado. O portal do partido na internet, o Vermelho, continua em ascensão: cresceram 12,8% os acessos individuais em 2007. Em janeiro e fevereiro deste ano ele voltou a bater recordes, além de figurar agora em segundo lugar na disputa do prêmio Ibest, considerado o “Oscar da internet brasileira”. A rádio, por sua vez, já atinge quase 800 emissoras de 13 estados da Federação e terá programação na internet em tempo integral.
No campo da luta de idéias, o partido procura fortalecer o trabalho de formação e propaganda. Essa frente abarca a formação política, teórica e ideológica dos quadros e militantes. Para isto o PCdoB estrutura vários instrumentos e vem tomando um conjunto de iniciativas: a Escola Nacional do partido se estrutura e atinge um patamar de elevada qualidade; a Fundação Maurício Grabois se estabeleceu, a revista teórica Princípios mantém sua periodicidade, sendo permanente a publicação de livros. Mais de quatro mil quadros políticos foram formados em um curso intensivo e 250 dirigentes freqüentaram cursos de formação de nível médio. Até julho deste ano, cerca de dez mil militantes de base irão participar de atividades de capacitação.
Por fim, a Fundação Maurício Grabois tem realizado seminários e debates focados no exame do capitalismo contemporâneo, na nova luta pelo socialismo, na integração sul-americana, no projeto nacional de desenvolvimento. Exemplo destacado dessa atividade foi a realização no final de 2007, do Seminário “Capitalismo Contemporâneo e a nova Luta pelo Socialismo”, com a presença de intelectuais brasileiros e representantes de partidos brasileiros e de fora do país. No momento se empenha, com outras fundações, a promover o debate sobre as reformas democráticas.

Cresce o trabalho do partido em todos os terrenos
Na esfera do movimento sindical, durante os anos 90, atuando na Corrente Sindical Classista através de seus militantes, o PCdoB contribuiu para o crescimento e afirmação dessa corrente entre as classes trabalhadoras. Ela conquistou maior autonomia e teve papel decisivo na construção da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. Ao mesmo tempo, o partido tem valorizado todas as iniciativas que promovam a unidade dos trabalhadores na luta, como o fórum das centrais, e defende a união de todo o movimento sindical em defesa do desenvolvimento nacional com valorização do trabalho, pela redução da jornada, pelas reformas democráticas, pela ratificação das convenções 158 e 151 da Organização Internacional do Trabalho, pela valorização dos salários e pela manutenção e ampliação dos direitos sociais.
Os últimos dois anos foram marcados por retomadas das mobilizações sociais, especialmente das lutas sindicais. As bandeiras que mais unificaram foram as correspondentes às lutas dos trabalhadores. Os comunistas se constituíram em força importante para impulsionar as mobilizações unificadas e lideradas pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) e por outras articulações unitárias. As conferências de políticas públicas do governo Lula, importantes instrumentos democráticos, continuam sendo realizadas com ampla participação popular. A presença do PCdoB tem sido importante nas principais conferências, inclusive na condução de algumas delas, como as de Esporte e de Juventude.
Nos movimentos juvenis os comunistas avançaram politicamente, atuando através da União da Juventude Socialista (UJS) e aumentando a sua influência nos vários movimentos, com destaque para o movimento universitário, o movimento secundarista, o movimento de jovens trabalhadores, e o movimento hip-hop, entre outros. A UJS está em nova fase de crescimento no correr de seus mais de vinte anos de vida. Após seu período exitoso de relançamento, inicia uma fase de ampliação ainda maior de sua influência política e de construção massiva. Agora se inicia o processo do 14º Congresso da UJS. Os jovens comunistas participaram e lideraram mobilizações estudantis e juvenis, em defesa da reforma educacional como nas jornadas de luta da UNE e da UBES, e na ocupação e retomada do histórico terreno da Praia do Flamengo, e nas atividades de solidariedade internacional contra o imperialismo, pela paz, pela soberania nacional e o progresso social.
O partido atua hoje com participação crescente em dezenas de movimentos sociais, como o movimento comunitário, o anti-racista, o movimento pela livre orientação sexual, o indígena, o de direitos humanos, o de pessoas com deficiência, o movimento pelos direitos da criança e do adolescente, o movimento pelos direitos do consumidor e o movimento pelos direitos dos idosos.
Os comunistas igualmente têm se destacado no movimento comunitário, nacionalmente organizado na CONAM, realizando jornadas nacionais de luta pela reforma urbana (em especial moradia digna, saúde, saneamento e transporte). No movimento indígena também foram filiadas recentemente ao partido algumas das principais lideranças deste movimento.
No plano da atuação institucional, aumentou a influência política do PCdoB, que projetou vários quadros como lideranças expressivas, se forjando na ciência e na arte de governar. Os comunistas atuam de forma destacada no Ministério do Esporte e tiveram papel chave na coordenação e realização vitoriosa dos Jogos Pan-americanos. O programa Bolsa Escola ou Segundo Tempo atingiu o patamar de 800 mil crianças atendidas. A aprovação da loteria Timemania e da Lei de Incentivo ao Esporte, foram outras grandes conquistas que fortaleceram os meios esportivos do país.
Através de quadros à frente da Agência Nacional do Petróleo, o partido tem contribuído com um papel de relevo na condução da política de petróleo, gás e biocombustíveis. E assim também na secretaria de programas e projetos culturais do Ministério da Cultura, na secretaria de ações afirmativas e na secretaria da juventude. Os comunistas ainda dão sua contribuição destacada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, na Agência Nacional de Cinema, na Fundação de Apoio à Pesquisa, entre outras entidades e instituições.
No trabalho internacional, o Partido Comunista do Brasil tem conquistado importantes avanços e incrementado sua atuação nos diferentes aspectos que comporta essa área de trabalho partidário. Primeiro, na luta de idéias. A orientação internacional do Partido tem como centro colocar na alça de mira a luta contra o imperialismo norte-americano, defender a paz e se opor à sua política de guerras. Ao mesmo tempo, como fenômenos que expressam um mundo contraditório, em transição, o PCdoB valoriza os crescentes movimentos de contestação do hegemonismo imperialista e da unipolaridade, sobretudo valorizando a nova realidade política da América do Sul e Latina, que registra uma importante ascensão de forças progressistas, democráticas e antiimperialistas. Nesse terreno, o partido também confere grande importância ao aprofundamento da integração da América Latina, através de mecanismos como o Mercosul e a Unasul.
Um segundo aspecto do trabalho internacional liga-se às relações bilaterais com organizações amigas e mesmo com intelectuais estrangeiros. O partido tem mantido um amplo e frutífero intercambio bilateral com mais de uma centena de organizações políticas de todas as partes do mundo, dentre elas organizações no poder, no governo e fora dele, de ideologia marxista-leninista, de esquerda, nacionalistas e democráticas, enfim, de distintos perfis. Nesse rico e permanente intercâmbio, o partido vem aprendendo com a experiência de outros povos, assim como apresentado as formulações táticas e estratégicas dos comunistas brasileiros às forças amigas de outras partes do mundo.
Um terceiro aspecto no plano internacional é a participação em espaços multilaterais. Neles, o partido intervém no sentido da unidade de ação e luta de idéias. Com uma postura ampla no método e na forma e firme nos princípios e orientações, o PCdoB aumenta seu prestigio junto a outras forças políticas de variadas partes. Exemplo de seu crescente prestígio é a realização, sob seus auspícios, em novembro próximo, na cidade de São Paulo, da décima edição do Encontro Internacional dos Partidos Comunistas e Operários, ampla articulação de organizações políticas marxistas e revolucionárias que, pela primeira vez, é realizada fora do continente europeu. Também tem grande importância para o partido, em especial tendo em vista nossa prioridade de atuação na América Latina, a presença do PCdoB no âmbito do Fórum de São Paulo, articulação unitária das forças de esquerda da América Latina, mais recentemente, inclusive, como membro do seu Grupo de Trabalho.
Por fim, um quarto aspecto na área internacional refere-se ao trabalho de solidariedade internacionalista e de presença nas entidades progressistas internacionais. Neste âmbito, ganha destaque a estruturação do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), entidade que com poucos anos de vida já se afirma como umas das importantes referências no trabalho de solidariedade internacional e de luta pela paz no Brasil. Também ganha destaque a crescente participação de militantes do partido na rearticulação e revitalização de entidades internacionais, como o Conselho Mundial da Paz, a Federação Sindical Mundial, a Federação Mundial das Juventudes Democráticas, a Federação Democrática Internacional das Mulheres, a Organização Continental Latino-americana e Caribenha de Estudantes e outras.
O PCdoB, fiel à sua missão histórica e aos princípios revolucionários, ao legado dos incontáveis heróis e mártires e dirigentes destacados na sua longa trajetória realiza ingente esforço para se colocar à altura das grandes exigências e desafios de nosso tempo, mantendo sua identidade, se estruturando com feições modernas, renovando concepções, métodos e sua prática, a fim de plasmar uma alternativa no terreno da realidade própria do Brasil, de uma sociedade mais democrática, menos desigual, mais solidária menos individualista e consumista, na qual prevaleça o progresso social, a defesa do meio ambiente e o avanço civilizacional – sociedade que caracterizamos como socialista. A fase da experiência atual do PCdoB, onde estamos andando a passos largos, quando se completa 86 anos de fecunda história, permite elevar mais nossa confiança e cimentar maiores convicções em nosso grandioso ideal de uma sociedade superior à sociedade capitalista.
O tempo trabalha a nosso favor, apesar das constantes intempéries, produtos da dialética da luta econômica e social mais profunda, que pode retardar em mais ou menos o avanço civilizacional, a resultante do movimento da “roda da história” (que anda para frente e para trás) é seguir para frente desbravando novas e mais avançadas civilizações. Até nossos dias o curso da história universal da humanidade demonstra essa assertiva.

* Presidente Nacional do Partido Comunista do Brasil

Em tempo: comemorações com atos políticos ocorrerão em todo o Brasil. Em Montes Claros, o ato vai rolar no próximo sábado, dia 29, às 19 horas, na Câmara Municipal. Na oportunidade a militância do PCdoB vai reafirmar a necessidade de candidatura própria à Prefeitura. Segundo o vereador Lipa Xavier, nome escolhido pra encarar o desafio, "nosso objetivo é reafirmar a tática do partido de lançamento de uma pré-candidatura própria e a apresentação da chapa de candidatos que vão concorrer à Camara Municipal. Temos em Montes Claros o mandato mais antigo do PCdoB em Minas, isso nos dá uma qualificação política para pretender disputar a prefeitura. Este é um desafio, pois é a primeira vez na história de Montes Claros que o PCdoB apresenta uma pré-candidatura própria”.
Lipa diz que este será um ato para reafirmar e envolver as forças políticas da cidade. “Um esforço no sentido de consolidar e aglutinar o nosso projeto. Sabemos que não é um desafio fácil, mas é possível de envolver outras forças políticas e reforçar esta postura de ousadia e protagonismo político do partido”, afirma.

Para conferir a programação de outras cidades, clique aqui.


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segunda-feira, 24 de março de 2008

Veja tenta retornar ao jornalismo


Acabo de receber texto sobre a Veja desta semana. Ainda não tive a oportunidade de lê-la mas vale a opinião apresentada abaixo.





Veja faz reportagem com `mão de gato´



Por Luciano Martins Costa, do Observatório da Imprensa


A grande novidade da semana é que a revista Veja resolveu voltar a se interessar por jornalismo.

Nada muito original, nada muito especial, mas a reportagem sobre a Amazônia representa um esforço que a revista de maior circulação paga da América Latina não vinha fazendo há muito tempo.

A grande qualidade da edição de Veja é a escolha do tema.

O grande defeito é a ilusão arrogante de que pode oferecer um diagnóstico definitivo para a questão.

Talvez a melhor informação da reportagem seja um retângulo vermelho que representa, comparado com duas páginas abertas, o total do desmatamento ocorrido na floresta nas duas últimas décadas.

No mais, o corpo principal do texto é composto por respostas da revista a questões que ela chama de "senso comum".

Mas não explica de onde tirou esse tal de senso comum.

A tentativa de partir de suposições básicas para respostas complexas torna o resultado confuso.

A reportagem tem o mérito de reconhecer a importância da preservação da floresta, mas faltou citar e contextualizar as fontes que autorizam certas afirmações.

Não há como fugir da impressão de que os editores da revista estavam cumprindo uma tarefa, ainda que a contragosto.

Certos atos falhos, como dizer que algumas cidades plantadas em meio à floresta "são verdadeiros oásis no interior da selva", revelam o que a revista pensa realmente da questão do uso da Amazônia.

A Editora Abril tem um interessante projeto chamado Planeta Sustentável, que centraliza o tratamento dos temas ligados aos problemas sócio-ambientais.

É desse núcleo editorial que partem as sugestões de pautas sobre meio ambiente, responsabilidade social e sustentabilidade para as publicações do grupo.

Veja parece ter recebido a pauta sobre a Amazônia como uma tarefa penosa em sua cota de assuntos politicamente corretos.

No meio das 22 páginas sobre a floresta, foram plantadas cinco páginas de publicidade do núcleo Planeta Sustentável e seus apoiadores.

Os leitores que conhecem o projeto ficam imaginando se a revista, por sua própria iniciativa, faria uma reportagem como essa a favor da preservação da Amazônia.

A despeito do esforço politicamente correto, Veja não consegue fugir de sua natureza: em toda a reportagem, não há sequer uma citação aos muitos projetos bem-sucedidos de agroecologia integrada sustentável, modelo que disputa espaço com o sistema das grandes propriedades monopolizadas pela agroindústria.

A edição é coroada por um artigo do economista Gustavo Iochpe, duas páginas de preconceito e desinformação sobre a verdadeira dimensão da questão ambiental.

Para o leitor que não alcançou a promessa anunciada pela reportagem, de sair "com um conhecimento bem mais objetivo da Amazônia", o artigo é um manifesto a favor da exploração econômica da floresta.

No final, fica-se com a impressão de que os editores usam a "mão do gato" para dizer no artigo o que não puderam ou não quiseram dizer na reportagem.

Mais um dossiêVeja aparece com um novo "dossiê", o gênero de jornalismo no qual se especializou nos últimos tempos.

O tom é o mesmo dos casos anteriores, e o processo segue a rotina: a revista publica suas denúncias, políticos fazem a repercussão e ganham notoriedade.


Mas será bom jornalismo?

Alberto Dines:

- Enquanto os estudiosos examinam com atenção o relatório sobre o Estado de Mídia dilvugado na semana passada, a nossa mídia continua oferecendo um espetáculo lamentável, lamentável e perverso. A Veja do último fim de semana acusa o governo de estar preparando um dossiê sobre os gastos da presidência da República no período 1998 a 2001, isto é, no fim do segundo mandato de FHC. Este dossiê, segundo o semanário, visa a intimidar a oposição na CPI dos Cartões Corporativos. Ora, se a revista acusa o governo de estar preparando uma chantagem, por que razão publicou dados sigilosos e aparentemente falsos, conforme declarou a ministra Dilma Roussef? Na corrida sensacionalista, inverteram-se os papéis: ao divulgar os dados, Veja inocenta automaticamente o governo e converte-se, ela própria, em agente e beneficiária da chantagem.




Em tempo: A entrevista com Gílson Reis, por razões técnicas, será publicada na quarta-feira. Desculpamo-nos com os frequentadores deste espaço.



A Estrada vai além do que se vê!

Jô Moraes é a alternativa ao acordão em BH

Artigo do jornalista Orion Teixeira, editor de política do jornal Hoje em Dia, anuncia o que nos bastidores é bastante comentado. A deputada do PCdoB Jô Moraes é a primeira colocada nas pesquisas para a Prefeitura de BH, encomendadas recentemente. Teixeira apresenta, com base nestes dados, uma interessante análise do quadro sucessório mais complexo e que mais chama atenção no país.



Jô Moraes sai na frente em BH


Sem apoio dos palácios (da Liberdade e da Prefeitura), a deputada federal comunista Jô Moraes (PCdoB) lidera a corrida sucessória para a Prefeitura de Belo Horizonte nas primeiras pesquisas até agora realizadas neste período de pré-campanha eleitoral. Numa delas, ela aparece com 12% para uma margem de erro de quatro pontos percentuais. Sua liderança só não é isolada por conta da alta margem de erro que a coloca ‘embolada‘ com outros dois concorrentes. O ungido dos palácios, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Márcio Lacerda (PSB), é o segundo colocado, ligeiramente à frente do deputado federal Antônio Roberto (PV). Seja como for, nenhum deles ultrapassa a casa dos magros 10%. Os outros, Gustavo Valadares (DEM) e Leonardo Quintão (PMDB), são apenas traços e não saem disso quando variam os cenários.

Estes são os nomes que comporão o quadro sucessório em BH e ponto final. Não existem alternativas ou mudanças daqui pra frente. O candidato da aliança do governador Aécio Neves (PSDB) e do prefeito de BH, Fernando Pimentel (PT), será mesmo o do plano A, que leva o nome de Márcio Lacerda. Apesar da boa marca, não se pode dizer que Jô ganhará muito menos que perderá. Apenas reflete um quadro que, até o final do mês passado, ou a oito meses das eleições, deixavam em parafuso os institutos de pesquisa que não sabiam sequer por onde começar ante a falta de definição e de candidaturas.

De acordo com os pesquisadores, dos três embolados, Lacerda é o que tem chances mais vigorosas de crescimento. Para deixar os magros 10% e chegar ao favoritismo que o apoio recebido lhe pressupõe, Lacerda vai deixar, de uma hora para outra, o alto grau de desconhecimento que tem na cidade. A seu favor, tem dois eixos propulsores: o da emoção, que marcará a campanha, por meio da união e entendimento das duas principais lideranças políticas; e o pragmático, baseado na crença de que, se o seu projeto tem o apoio dos dois palácios, terá também tudo para dar certo e influenciar o destino da cidade e das pessoas. Segundo a mesma pesquisa, a aliança tucano-petista tem o apoio de 90% dos entrevistados. A partir daí, restaria a Jô e Antônio Roberto apenas o elemento surpresa. Nada mais.

O único nome que poderia alterar o quadro, não se sabe em quanto e até quando, na avaliação dos especialistas, seria o do ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), em caso de uma candidatura própria e não por conta de uma eventual frente contra a aliança tucano-petista. Neste ponto, Hélio Costa teria chegado atrasado, mas sua candidatura ainda guarda algum recall (lembrança de seu nome). Repete-se: não se sabe em quanto e até quando, até porque o ministro não disputa uma eleição há seis anos.

No último encontro que teve com Pimentel, Patrus deu aval à aliança e sugeriu rediscutir o nome sem condicionante alguma. Apenas fez, como foi dito aqui em relação ao primeiro encontro que teve com Aécio, ou seja, marcou sua posição novamente. Tanto é que Patrus deixou a cargo de Pimentel a versão do encontro para a imprensa.

Aliás, antes desse encontro, os dois tiveram outro, sigiloso, quando alternativas foram discutidas. A resposta veio agora, deixando a fatura liquidada. Ou seja, foi cumprido o ritual, Patrus e Hélio Costa foram ouvidos e marcaram suas posições.

Para evitar quaisquer mudanças, Aécio e Pimentel transformaram em bombeiro o antes incendiário Ciro Gomes (PSB), que conversou com Hélio Costa e, para manter o estilo, deu um chega pra lá nos petistas resistentes, ao avisar que seria um ‘ato de hostilidade‘ vetar Lacerda. A disputa, hoje, está mais em baixo, ou seja, os grupos petistas disputam entre si para indicar o candidato a vice de Lacerda. O de Pimentel, com apoio do de Virgílio Guimarães e adesão do vice-presidente da Caixa, Carlos Gomes, detém o controle absoluto dos votos, conforme revelado aqui há 15 dias. A impressão, de quem vê o PT por fora, é que houve até agora ‘muito barulho por nada‘, ou como dizia o bruxo Hélio Garcia: ‘campanha é igual a caminhão de porcos; quando está parado, eles fazem muito barulho, mas, em movimento, tudo se acalma e ajeita'.

Aécio e Pimentel estão mostrando ao país um jeito diferente de fazer as coisas, e mais, que nada se constrói da noite para o dia. Desde 2003, eles vêm costurando o tal entendimento e mantiveram a linha, convencidos e orientados pelas pesquisas de que a população aprova a união, cansada que está no denuncismo e da briga. Juntos, farão da sucessão de BH a mais badalada do país e, por isso, terão mídia nacional espontânea durante o ano todo. Em datas e com personagens diferentes, Aécio repete, agora, o que fez seu avô. Com a aliança, Aécio ganha nova blindagem contra defeitos atuais e futuros, como uma eventual mudança de partido. O entendimento lhe dará o salvo-conduto e será maior do que a tese da fidelidade partidária.


Publicado na edição do dia 23/03/2007


Reproduzido do Caderno Vermelho Minas



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sexta-feira, 21 de março de 2008

Juventude dá o grito em Conferência!

A 1ª Conferência de Políticas Públicas de Juventude de Minas Gerais foi um sucesso. Realizada no SESC Venda Nova em Belo Horizonte entre os dias 14 e 16 deste mês, a Conferência foi marcada pela diversidade e pela politização dos delegados e das delegadas presentes.
Infelizmente, a delegação de Montes Claros chegou somente no final da solenidade de abertura, mas deu tempo de bater um papo rápido com o Deputado Estadual Carlin Moura (PCdoB), com seu colega André Quintão (PT) e com meu amigo tricolor pó-de-arroz, Wadson Ribeiro, Secretário-Executivo do Ministério do Esporte. Todos falaram da satisfação de participar de mais uma etapa da Conferência Nacional e da necessidade de aprovação de propostas relativas à juventude que tramitam na Assembléia Legislativa e no Congresso Nacional.
Na manhã de sábado rolou a mesa redonda “Juventude, Participação e Democracia”, com intervenções do diretor da União Estadual dos Estudantes (UEE-MG), Willy Alves, do diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE), Fagner Sena (Tatu), do coordenador de juventude de Minas Gerais, Roberto Tross, e dos representantes da Secretaria Nacional de Juventude, Patrícia Nogueira e Edson Pistori. O ineditismo do evento e a valorização do jovem enquanto protagonista das mudanças ocorridas no Brasil, foram a tônica do discurso dos palestrantes.
Na parte da tarde, chegou a vez dos jovens apresentarem suas propostas. Divididos em onze grupos temáticos, a moçada teve como tarefa apresentar três desafios em cada grupo, e para cada desafio, três propostas. Fui o facilitador do grupo “Esportes, Lazer e Tempo Livre”, que teve um trabalho bastante produtivo, levando os relatores José Francisco (Uberaba) e Renata Balsamão (Montezuma) a suar a camisa pra dar conta de sistematizar as dezenas de falas da galera presente. Nosso grupo contou ainda com a ilustre visita do coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Juventude, Deputado Federal Reginaldo Lopes (PT-MG) que discorreu rapidamente sobre o Estatuto da Juventude e sobre o Plano Nacional de Juventude. Também passou pelo nosso grupo o coordenador de juventude de Minas Gerais, Roberto Tross, falando sobre o histórico das PPJ em Minas e da necessidade de se criar mais canais de participação juvenil.
No sábado à noite, ocorreu um blecaute no SESC, impedindo a apresentação do Veredas, grupo de samba-rock-maracatu de BH. Seria a conta da CEMIG, a mais cara do país, que levou ao apagão?
Domingo de manhã foi o momento de escolher as 21 propostas prioritárias para a juventude mineira (entre as 99 apresentadas pelos GTs). Entre as propostas escolhidas, destacamos o Passe Livre, a criação de Agência Reguladora para a exploração mineral, a promoção do esporte comunitário através das Ligas Comunitárias de Esporte; a ampliação de programas como o Segundo Tempo e o Bolsa Atleta; a destinação de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para a cultura; e de 10% do PIB para a educação. Vale ressaltar a intensa participação da delegação norte-mineira, que apresentou várias das propostas aprovadas.
Finalizando a Conferência, foram eleitos os 100 delegados que representarão nosso estado na etapa nacional, que ocorre em Brasília entre os dias 27 e 30 de abril. Montes Claros emplacou mais sete representantes, que se somam aos dois eleitos na Conferência Municipal, para levantar a bandeira na capital federal. Entre os eleitos, a diretora da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Luiza Lafetá, o jovem Gislan da zona rural, representantes da Pastoral da Juventude, do poder público, do hip-hop, além deste que vos tecla.
Voltamos com a sensação do dever cumprido e com o anseio de lutar para que as discussões e propostas levantadas não fiquem apenas no papel, e que consigamos efetivar, de uma vez por todas, as PPJ em nosso estado.


A Estrada vai além do que se vê!